É certo, apesar de tudo, que a herança do Estado de direito democrático, liberal e social continua a dever ser aceite em benefício de inventário. Continua a fazer sentido obrigar o Estado a respeitar o primado do Direito ou a rule of law, não deixou de ser verdadeira a apreciação de Churchill sobre a democracia como o menos mau dos males, os fundamentos do liberalismo político e a defesa dos direitos humanos não são coisa do passado e o Estado social é cada vez mais digno de proteção.
No entanto, a falta de resolução de alguns problemas prementes, que incluem a debilitação crescente dos direitos económicos, sociais e culturais, as assimetrias internacionais, os conflitos regionais e religiosos, os desafios do consumo desenfreado e o desequilíbrio ecológico, obrigam-nos a repensar quase tudo. António Gameiro e Rui Januário têm percursos cívicos, políticos e profissionais incluindo os universitários - que garantem a qualidade da presente obra.
A sua leitura será, ao mesmo tempo, agradável e instrutiva em vários aspetos que interessarão a um vasto número de leitores. Políticos e juristas, cientistas políticos e economistas, jornalistas e sociólogos, entre outros cultores das Ciências Sociais, encontrarão nestas páginas um estímulo para (re)pensar o futuro de Portugal no quadro dos seus compromissos e alianças com a União Europeia, na encruzilhada do federalismo; com os nossos parceiros da outra margem do Atlântico, numa era de crise do mundo unipolar; com os Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que procuram afirmar-se regionalmente e aprofundar as suas democracias. Estou certo de que todos darão o seu tempo por bem empregue.
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Autor |
Rui Januário |
Editora |
Escolar Editora |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
600 |
Ano de edição |
2016 |
Faixa etária |
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