A grande depressão apresenta um olhar brasileiro sobre a crise econômica que abalou o mundo a partir de 1929 e acabou de completar 70 anos, em outubro passado. O livro é composto por artigos inéditos, organizados por Flavio Limoncic e Francisco Carlos Palomanes Martinho. Os textos pretendem mostrar que a perplexidade provocada pela atual crise não é maior do que há 80 anos. Os autores desvendam as origens da grande crise, seu impacto nas economias nacionais e na própria teoria econômica. Além disso, eles mostram que a dimensão econômica destes episódios históricos não pode ser dissociada da dimensão política. “Um mundo sólido e inabalável, um caminho traçado, sem alternativas, e uma crise súbita e profunda. Os textos reunidos no livro, ao discutirem o passado, nos ajudam a duvidar das crenças e certezas que ensejaram a situação dramática que estamos agora vivendo e a pensar criticamente a superação dos atuais desafios”, conclui o historiador Daniel Aarão Reis. Com a crise de 2008, a reflexão sobre a Grande Depressão foi resgatada e o episódio foi usado como comparação com o atual panorama macroeconômico. A premissa do mercado auto-regulável deixou de ser um consenso e muitos governos interferiram com intensidades diferentes no mercado interno, como ocorreu nos EUA com o New Deal do presidente Roosevelt, na década de 30. Os temas dos artigos abarcam as principais interpretações econômicas a respeito das razões da Grande Depressão e os elementos centrais do keynesianismo, além de abordarem a teoria e política econômica hegemônica entre o pós-Segunda Guerra e o início dos anos 1980. As experiências nacionais de países industrializados e produtores de matérias-primas do continente americano e europeu, assim como da Ásia e África são alvo de análise. Os autores mostram como o Brasil, México e Argentina responderam de maneiras distintas à Crise de 29 e suas ações determinaram o futuro destas nações. Os Estados Unidos ganham destaque por ser a nascente da depressão econômica que determinou os rumos do país por pelo menos quatro décadas. Os organizadores escolheram os países-temas dos artigos de acordo com suas peculiaridades no enfrentamento da crise: a Itália, que desde 1920 já propunha uma alternativa ao liberalismo e a Inglaterra e a França, que não sucumbiram às sedutoras alternativas do fascismo e comunismo também foram analisadas.
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Autor | Francisco Carlos P. Martinho |
Editora | Civilização Brasileira |
Idioma | PORTUGUES |
Encadernação | BROCHURA |
Páginas | 378 |
Ano de edição | 2009 |
A grande depressão
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