• Batuqueiros da Paulicéia, Os

Uma frase infeliz de Vinícius de Moraes, a famosa "São Paulo é o túmulo do samba!", fez cristalizar-se um antigo preconceito contra o samba paulista. Os trabalhos de grandes sambistas de São Paulo, como Henricão, Geraldo Filme, Adoniran Barbosa e Toq uinho (o mais prolífico parceiro do poeta), sempre foram lembrados como casos que desmentiam tal injustiça. Mas uma defesa do samba de São Paulo, como um todo, dificilmente passava de um esboço. Até porque, em boa medida, os próprios paulistas não co nhecem completamente a sua grandeza. Daí o impulso do sambista Osvaldinho da Cuíca e do crítico e pesquisador André Domingues se unirem para sistematizar e escrever a história do samba paulista no livro Batuqueiros da Paulicéia - Enredo do Samba de S ão Paulo, que a Editora Barcarolla lança neste mês maio. A obra segue as diversas trilhas do samba de São Paulo, apontando seus nomes e acontecimentos fundamentais desde o início do século XX até o presente, do remoto samba-rural ao samba-de-raiz de hoje em dia, passando por diversas manifestações como a marcha-sambada, a batucada de engraxates, o samba-rock e as experiências da chamada Vanguarda Paulistana. O ponto de partida é a própria dificuldade em encontrar uma definição para o "samba" pro duzido no Estado de São Paulo, haja vista a grande diferença de características entre as diversas versões que coexistiam no início. O termo samba-rural foi uma tentativa frustrada de reunir essa diversidade em uma única expressão. Em São Paulo, a pal avra "samba" só ganhou sentido comum, entendido em qualquer outra parte do Estado, quando se falava no samba-de-bumbo das popularíssimas festas de Pirapora Bom Jesus. O termo nasceu da inclusão do bumbo nas cantorias profanas dos devotos, as quais co stumavam ter apenas o acompanhamento de violas, cavaquinhos, chocalhos e batidas de mãos e pés. Desprezado por grande parte dos estudiosos, o samba-de-bumbo deixou pouquíssimos registros. Antes do seu repentino crescimento, entre o final do século XI X e o início do seguinte, a cidade de São Paulo, embora capital do Estado, ainda não centralizava a cultura paulista e estava longe de ser a cidade cosmopolita tal qual a conhecemos hoje. Ao contrário, tinha fortes características de uma cidade inteo Francisco. Nas camadas mais pobres da sociedade, por outro lado, os negros cultivavam suas próprias formas de expressão musical, em geral ligadas a uma religiosidade sincrética, que misturava ritmos dos orixás africanos aos de santos do cânone cris

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Autor Osvaldinho da Cuíca | André Domingues
Editora BARCAROLLA
Idioma PORTUGUES
Encadernação BROCHURA
Páginas 10
Ano de edição 2009
Faixa etária Padrao

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