A força da poesia de Patativa do Assaré vem, talvez, do vínculo e dos contrastes entre a vida do poeta, o sertão e a cidade. Seus poemas nascem da matéria cotidiana, com seu saber, seu sabor, suas alegrias, seus encantos e desencantos, e todo o repertório de formas populares tradicionais que revisita e revitaliza. Patativa do Assaré, uma voz do Nordeste, contém uma antologia de seus melhores poemas, selecionada, organizada e apresentada por Sylvie Debs, da Universidade Robert Schuman (Estrasburgo). O volume integra a Biblioteca de Cordel.Geme de dor, se aquebrantaE dali desapareceO sabiá só pareceQue com a seca se encantaSe outro pássaro cantaO coitado não responde;Ele vai não sei pra ondePois quando o inverno não vemCom o desgosto que temO pobrezinho se esconde.> A literatura popular em verso passou por diversas fases de incompreensão e vicissitudes no passado. Ao contrário de outros países, como o México e a Argentina, onde esse tipo de produção literária é normalmente aceita e incluída nos estudos oficiais de literatura.Apesar da maciça bibliografia crítica e da vasta produção de folhetos (mais de 30 mil folhetos de 2 mil autores classificados), a literatura de cordel? cujo início remonta ao fim do século XIX? continua ainda em boa parte desconhecida do grande público, principalmente por causa da distribuição efêmera dos folhetos.
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Autor |
Patativa do Assaré |
Editora |
Editora Hedra |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
136 |
Ano de edição |
2000 |