Protagonista de uma carreira artística diversificada e de uma história pessoal repleta de altos e baixos, Dorinha Duval foi julgada, condenada e cumpriu pena pelo polêmico assassinato do marido. Hoje, aprende a viver com o erro do passado através da arte e da espiritualidade. Aos 73 anos, ela resolveu contar sua vida em livro e o fez da forma que mais gosta, como uma conversa. “Tudo o que quiserem saber está em EM BUSCA DA LUZ: MEMÓRIAS DE DORINHA DUVAL”, confessa Dorinha. O livro, escrito pelo jornalista Luiz Carlos Maciel e pela publicitária Maria Luíza Ocampo, começou a tomar forma através de uma série de entrevistas. Com o gravador ligado, Luiz Carlos capturava as memórias de Dorinha e as colocava no papel. “Sempre fui péssima para escrever. Luiz Carlos é uma pessoa tranqüila, achei que seria uma boa ele escrever o livro”, explica Dorinha. Em EM BUSCA DA LUZ: MEMÓRIAS DE DORINHA DUVAL, a atriz passa sua vida a limpo, numa viagem à procura da própria alma. Mais que uma biografia, o livro é o roteiro de sua busca pelo caminho da espiritualidade. Dorinha fala do início de sua carreira como atriz, sua passagem pelos teatros de revista até chegar à televisão e ao cinema. Seu sucesso como vedete, atriz, cantora, e a beleza que lhe valeu o título — muito cobiçado na época — de uma das certinhas do Lalau. O livro não trata apenas do lado profissional de Dorinha. EM BUSCA DA LUZ: MEMÓRIAS DE DORINHA DUVAL acompanha sua infância e adolescência, e o relacionamento com os pais. Os amores, os casamentos, o nascimento de sua filha. E, como não podia deixar de ser, o assassinato de seu marido — Paulo Alcântara —, a passagem pela prisão e a descoberta da paz, através do desenvolvimento espiritual. O fato, no entanto, não recebe peso maior que nenhum outro na trajetória de vida de Dorinha. “Eu fico com a impressão que as pessoas marcam isso, como se a minha vida fosse só o momento da tragédia. A minha vida é um encadeamento de acontecimentos e o assassinato é uma parte deles”, argumenta. Essa é a grande lição de EM BUSCA DA LUZ: MEMÓRIAS DE DORINHA DUVAL: a capacidade do ser humano de superar a adversidade e reconstruir a vida, aprendendo com os próprios erros. EM BUSCA DA LUZ: MEMÓRIAS DE DORINHA DUVAL não está em ordem cronológica. A história de Dorinha é conduzida como uma conversa com o leitor. Na medida em que conta um fato, a atriz lembra de outros mais antigos e mergulha ainda mais na memória. E volta ao presente, onde trabalha como artista plástica, pintando e esculpindo desde 1997. Luiz Carlos Maciel nasceu em 15 de março de 1938, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul e mora, atualmente, na cidade do Rio de Janeiro. Diretor de teatro, conferencista, jornalista, professor, roteirista e escritor de vários livros, Luiz Carlos foi ainda colaborador do Pasquim e um dos fundadores da edição brasileira da revista Rolling Stones. Lecionou teatro na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia onde, depois de estudos nos Estados Unidos, já era professor de Interpretação, Direção e Teoria de Teatro. No palco da escola, montou textos de Albee, Shaw, Tchecov e João Cabral de Melo Neto. Definido como o guru da contracultura, Maciel trabalhou, também, na TV Globo. Maria Luíza Ocampo é publicitária e mora no Rio de Janeiro.