Apesar de Paris impressionar o mundo desde o pós-Segunda Guerra Mundial como um centro aparentemente inesgotável de novas verdades e estilos político-filosóficos, a questão da democracia era mencionada raramente.Essa situação surpreendente é o assunto de Politicídio. Como foi possível que logo na França, o país que se vangloria de ter inventado a democracia moderna em 1789, os filósofos franceses modernos tivessem começado a se emaranhar quando se tratava de pensar sobre política? Como quase todos esqueciam que o fato de serem livres para pensar se devia justamente à democracia? Essas perguntas formam o centro deste estudo sobre a filosofia política francesa do pós-guerra.O autor procura uma resposta para o que aconteceu nas influentes palestras proferidas na década dos 1930 pelo russo Alexandre Kojève em Paris. Kojève deu lições sobre a doutrina da dialética do senhor e do servo de Hegel. Com isso, inspirou duas gerações de filósofos: a 'geração marxista de 1945', de Sartre e Merleau-Ponty, e a 'geração nietzschiana de 1960', de Foucault e Deleuze. Apesar de terem ideias e pontos de vista divergentes, todos esses 'descendentes' de Kojève partilhavam uma predileção pela retórica bélica, uma intransigente tendência ao absoluto e a determinação de impor seus argumentos por meio da violência, caso necessário: exatamente as características que excluem uma avaliação positiva sobre a democracia.
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Autor |
LUUK VAN MIDDELAAR |
Editora |
E REALIZAÇÕES |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
272 |
Ano de edição |
2015 |
Faixa etária |
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