Publicado em 1880, como folhetim, no Diário de Portugal, O mandarim é um conto que se afasta da estética realista-naturalista. Insistindo na fantasia e na comicidade, Eça de Queirós aponta problemas sociais e políticos, deixando uma lição de moral para a sociedade portuguesa. Teodoro é um funcionário público; sem muitas posses ou diversões, passa seus dias de maneira bastante medíocre. Ele tem a chance de mudar de vida ao ler um livro, quando encontra no meio do texto um convite à riqueza: caso toque uma campanhia, um chinês morrerá do outro lado do mundo, e Teodoro receberá mais ouro do que jamais imaginou. Para “auxiliá-lo” nesse momento de decisão, ele recebe a visita do Diabo.