A paixão exacerbada no meado do século XVIII pelo nascimento da opinião pública acabou entrando em choque com outras, dentre elas, o ciúme dos rivais, sempre prontos a estragar o prazer de desfrutar um sucesso. Efêmera, às vezes amarga, a glória do intelectual tinha que ser permanentemente reconquistada. E essa reconquista era cada vez mais difícil. ?Liberdade, verdade e pobreza?, declarava D?Alembert, ?são as três palavras que os homens de letras deveriam ter sempre diante dos olhos.? Esse austero tríptico era a expressão do novo orgulho do intelectual: a exigência de dignidade. A exigência de dignidade não era apenas uma reivindicação social e psicológica, mas também uma virtude moral. E quando se evocava constantemente o respeito próprio, como no caso de D?Alembert ou de Rousseau, o mínimo desvio da lei custava muito caro. Numa sociedade centralizada e autoritária, na qual para publicar um livro dependia-se da boa vontade do rei e da generosidade de algum aristocrata esclarecido, os requisitos de dignidade do intelectual revelavam-se quase impossíveis, assim como a conciliação da independência das idéias com o pagamento das contas. Não faltavam tentações de confundir dignidade e prerrogativas, honra e honrarias... Os moralistas que caíam em tentação não mereciam perdão.
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Autor |
ELISABETH BADINTER |
Editora |
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
462 |
Ano de edição |
2007 |
Faixa etária |
Padrao |