Jorge Luís Borges, num conto triste intitulado "Utopía de un hombre que está cansado", toma como epígrafe Quevedo: "(...) utopia, voz griega cuyo significado es no hay tal lugar". O termo utopia estabeleceu-se como sinônimo de projeto irrealizável, lugar impossível. Num momento recente, tornou-se popular a declaração de que vale a pena lutar por utopias. Sinceramente, discordo. Acho o utopismo patético e melancólico. Para mim, a luta que vale a pena é por lugares possíveis. A "Universidade Nova" não é uma utopia. Trazemos, sim, uma proposta provocadora, realista, viável, portanto realizável; seguimos um movimento assumidamente desejante, mobilizador, histórico (no sentido de operado pela ação humana). Por tudo isso, proponho chamá-la de "protopia". Ao neologismo se aplica a mesma etimológica do termo utopia. Mas atenção: no lugar da negação, do vazio, temos o prefixo "pro", a favor de, na direção de, atuante (como em "proativo"). Criamos, aqui, um movimento a favor de um lugar; movemo-nos em direção a esse lugar; nesse movimento, construímos o novo lugar, nossa protopia, a Universidade Nova.
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Autor |
Filho Almeida |
Editora |
Editora UnB |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
302 |
Ano de edição |
2007 |