• Vasco: Memórias de um Precursor da Globalização

"Vasco" é um romance histórico e traça o perfil de um ser humano corajoso, que desejou o bem e a concórdia e não fugiu do combate segundo as regras do seu tempo. Tais virtudes, porém, não impediram que fosse excomungado pelo primeiro bispo do Brasil, dom Pero Sardinha, por ter "bebido" tabaco. Era dado a "aventuras". Em Portugal, após abandonar a mulher, Maria do Campo, amasiou-se a Ana Vaz de Almada, com quem veio para o Brasil com seus filhos Vasco VI e Catarina. Em terras tupiniquins, "acoito u-se" a uma centena de índias, as quais iniciou na libidinagem com consentimento de cada uma delas. Tantas "parceiras", no entanto, não impediram que, na velhice, encontrasse apenas solidão e desgosto. Frei Vicente do Salvador, o primeiro historiador nativo, escreveu que ele morreu tão pobre que não tinha "nem um lençol para o amortalhar". No livro, Lachini mistura ficção e história para contar as memórias desse fidalgo pouco conhecido e mal visto no Brasil. Utiliza-se, para isso, de uma narrat iva em primeira pessoa e de um "sotaque lusitano", o que acaba por provocar no leitor uma certa nostalgia ao fazê-lo "passear" por um tempo que não existe mais. O autor também caminha no terreno do realismo fantástico, "sobretudo na figura do gaiteir o Cheira-Dinheiro, um tipo ao mesmo tempo desleixado e ganancioso, protótipo da alma gentil do povo que se formaria no Brasil". O desenvolvimento da narrativa é entrelaçado por diálogos fictícios e fatos históricos encontrados na extensa bibliografia pesquisada pelo autor. Para reconstruir o cenário de época descrito no livro e dar o sotaque lusitano à obra, Lachini trabalhou por mais de um ano em pesquisas e consultas bibliográficas. O autor recorreu a mais de 40 livros importados de Portugal, consultou o Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, as bibliotecas da PUC-RJ e da USP, a Biblioteca da Universidade de Nova York, a Biblioteca Nacional de Portugal e o Arquivo Público do Espírito Santo. Lachini conta que Vasco Coutinho morreu aos 73 anos. Era então dono de um engenho de açúcar, canaviais e 15 escravos negros. Doente e perseguido por Mem de Sá, o terceiro governador-geral do Brasil, e intrigado pelos padres, o donatário renunciou ao cargo de capitão, mas não à capu e encontrei", diz Vasco, que esteve na China em 1522 e de onde voltou fugido. Assim, "esse Vasco da Grórya" foi mais longe do que seu homônimo Vasco da Gama, sendo um homem de transição entre o feudalismo e a idade moderna.

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Autor Claudio Lachini
Editora BARCAROLLA
Idioma PORTUGUES
Encadernação BROCHURA
Páginas 264
Ano de edição 2009
Faixa etária Padrao

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