Segundo Pascal Bruckner, um novo entorpecente coletivo invadiu as sociedades ocidentais: o culto da felicidade. A ordem é: Sejam felizes! Trata-se de uma terrível imposição à qual é difícil escapar justamente porque pretende ser para o bem de todos. Como saber, então, se somos felizes? E o que reponder aos que confessam se lamentando: ´Eu não consigo`? É preciso recomendar-lhes terapias de bem-estar, como o budismo, o consumismo e outras técnicas para a felicidade? O que aconteceu a relação dos homens com a dor num mundo onde sexo e saúde se tornaram seus déspotas? Para Bruckner, o dever de felicidade é a ideologia que obriga a avaliar tudo sob a ótica do prazer e da contrariedade, a intimação à euforia que atira na ignomínia ou no mal-estar os que não aderem a ela. Como conseqüência, infelicidade e sofrimento são considerados fora-da-lei, correm o risco de terem que ser vividos no anonimato, de ressurgirem onde ninguém os espera. Nossa época conta uma estranha fábula: a de uma sociedade dedicada ao hedonismo, para a qual tudo se torna irritação e suplício.
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Autor |
Pascal Bruckner |
Editora |
Bertrand Brasil |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
242 |
Ano de edição |
2002 |