Aos 21 anos, Sophie van der Stap recebeu a notícia de que estava com um raro e agressivo tipo de câncer em seu pulmão. Como ela reagiu? Criando nove personalidades e escrevendo um livro. A garota das nove perucas é a história da moça que, em um piscar de olhos, tem a rotina completamente alterada e a vida parece lhe escapar aos poucos. Tentando sentir-se melhor consigo mesma e amenizar o medo de uma morte precoce, Sophie, tentando esquecer um pouco a doença, não só começou a usar perucas como também criou novas personalidades para si a partir de cada uma delas Stella, a antiquada Daisy, a sonhadora Sue, a determinada Blondie, a genuína Platina, a aventureira Uma, a misteriosa Pam, a loira 'mulherão' Lydia, a morena inocente e Bebé, a descomprometida. Ao usar as perucas, tornava-se uma garota de 21 anos saudável, bonita e que tinha cabelo loiro, castanho, ruivo, curto, comprido, liso ou cacheado. E o mais importante - ao se olhar no espelho com as perucas, Sophie não via apenas uma mulher bonita, mas alguém que tinha a vida inteira pela frente. Escrito na forma de um diário, A garota das nove perucas relata o dia a dia da autora, como suas experiências no hospital, na faculdade e, inclusive, em bares e festas. Traz as dúvidas de uma jovem quanto ao futuro e transmite as fortalezas que Sophie aprendeu a descobrir em si mesma, expondo de forma clara e sensível os mais variados assuntos, desde a quimioterapia até as relações sexuais. O sucesso do livro na Europa foi tão grande que, na Alemanha, ele ganhou versão para o cinema - Heute bin ich blond. O longa foi dirigido por Marc Rothemund, mesmo diretor e produtor do filme Uma mulher contra Hitler, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e que também rendeu a Rothemund o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Berlim. E agora temos a chance de nos envolver com essa história envolvente e inusitada através do livro que, depois de ser traduzido para 18 idiomas, chega ao Brasil pela editora Livros de Safra.