Decidindo viajar a fim de, "no movimentado panorama de uma cidade brasileira", encontrar "uma série de novidades que lhe" fornecessem "assunto em abundância, para seu lápis de desenhista e sua pena de escritor", Thomas Ewbank deixou Nova Iorque no dia 2 de dezembro de 1845. Ao chegar ao Brasil, realmente seu "lápis de desenhista" e sua "pena de escritor" não têm sossego. Relatando as "cadeirinhas" que as senhoras usavam quando iam as compras, negros e negras carregando cestous com frutas e verduras; ainda encontra tempo para descrever em minúcias um funeral; participar do entrudo; além de perceber a enorme importância da religião na vida brasileira. Descreve inúmeras igrejas por dentro e por fora, analisa seus altares, armários e arcas. De muitas outras coisas se ocupa Ewbank: de amuletos, bentinhos, indulgências, feiticeiras negras, imagens de bolso, objetos de madeira. Descreve com pormenores também aspectos da floresta, a divisão da escassa população, e até mesmo a composição desta população. Vale a pena ler o livro de Ewbank e apreciar suas ilustrações. Muito se aprende nele, sobre a capital do Brasil em meados do século passado.