As Minas de Salomão tem um lugar peculiar na literatura porque a tradução de Eça de Queiroz para a língua portuguesa ficou mais famosa do que o original em inglês. Trata-se de uma clássica história de aventuras do século XIX, quando a África era um mundo distante e selvagem, com os mistérios e perigos do improvável reino dos Kakuanas. A narração moderna, límpida e veloz, em grande parte devida ao tradutor genial, torna a leitura cativante ainda hoje, mais de um século depois. A propósito, na "Introdução" do suposto narrador Quartelmar, há uma observação, que se deve por certo ao tradutor: "Lança aguda não precisa brilho, diz um provérbio dos kakuanas: e, movido por este conselho da sabedoria negra, arrisco-me a apresentar a minha história, núa, lisa, nas suas linhas verdadeiras, sem lhe pendurar por cima, para a tornar mais vistosa, os dourados galões da Eloquência." A ausência desses galões pesados garante leveza e graça ao texto, e explica o fascínio perene desta extraordinária tradução para os novos leitores.
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Autor |
Haggard Rider |
Editora |
L&PM |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
248 |
Ano de edição |
2001 |