A história das constituições brasileiras é bastante dinâmica. Em 123 anos de República, foram sete versões: 1824 (pós Independência do Brasil), 1891 (pós Proclamação da República), 1934 (primeiro governo Vargas), 1937 (Estado Novo), 1946 (entre Estado Novo e ditadura militar), 1967 (ditadura militar), 1988 (atual). Comparada à constituição americana, uma das mais sólidas do mundo, com 225 anos de existência e nenhuma alteração, é inevitável questionar: por que a lei fundamental do Brasil foi modificada tantas vezes? A Constituição brasileira caminhou de mãos dadas com a vontade dos governantes de cada época e ainda não se impôs, mas essa chance aumenta à medida que a nossa jovem democracia cresce e amadurece. Conhecer os erros do passado e olhar para as possibilidades do presente (analisar a política de saúde brasileira ou questionar a atuação do STF, por exemplo) e do futuro (o Biodireito e os novos rumos da argumentação jurídica), como este livro se propõe, é um bom começo.