Os historiadores que aparecem nesta coletânea se formaram dentro dos muros da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e tiveram o prazer, em sua maior parte, de compartilhar a experiência das pesquisas empreendidas na pós-graduação entre 2006 e 2012 em outras instituições do país (UNEB, UFBA, UEFS, UFPE, UNESP). Em paralelo, vivenciaram também um período em que foi preciso lutar para fazer valer o direito à educação pública, gratuita e de qualidade. Trata-se, pois, de um livro geracional, uma vez que o coletivo que o escreve é fruto da primeira greve estudantil da história da UESC em 2004, cuja motivação para os reclames iam desde a contratação de docentes até aspectos básicos de assistência estudantil. A exceção de Danilo Ornelas, todos viveram aquele ambiente político efervescente e dinâmico, especialmente no interior do Centro Acadêmico de História Caboclo Marcelino (CAHIS/CAMA). Por sinal, o célebre tupinambá de Olivença inspirava nossos debates e posturas militantes, de modo que naquela experiência, gradualmente política e história se emaranhavam e nos influenciava decisivamente na buscar por outras histórias para o sul da Bahia. Não há dúvida: esta geração foi marcada por uma formação teórica alicerçada por movimentos políticos.
Este livro é apenas um dos frutos deste contexto mais geral pós-2004 e que celebramos este ano com esta publicação.