Iselu Agbayê pode ser traduzido como “política internacional” em yorubá. É a ruptura com uma “neutralidade”, uma pretensa e proposital desracialização dos debates acadêmicos (e de imprensa) sobre política internacional e relações internacionais. É dizer ao leitor, desde o início, que a história das Relações Internacionais, enquanto disciplina, a história da política internacional, como tema de debate e análise, não está isenta dos atravessamentos que raça e racismo lhes causaram. Como bem nos lembra Duncan Bell em Empire, Race and Global Justice, “visões e práticas racializadas, enraizadas nessa história, continuam a influenciar a política global de inúmeras maneiras”. Essa escolha, por um lado, faz parte do epistemicídio, como aprendemos com a filósofa Sueli Carneiro, e por outro lado, por um total desinteresse e covardia acadêmica e mainstream midiático das Relações Internacionais diante da obrigação de racializar o debate, as análises e as implicações que isto pode trazer para as suas próprias análises e estudos. Esta obra vem neste rastro. São novas vozes e novos olhares, que não “inventam” outras Relações Internacionais, mas, antes, a ampliam e lançam luz sobre sua complexidade, fazem perguntas que não estão respondidas nos cânones.
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L999-9786586137521 |
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Autor |
Carris Luciene |
Editora |
Metanoia Editora |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
240 |
Ano de edição |
2022 |
Faixa etária |
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