As criações recentes, de que se ocupa essa publicação (as histórias em quadrinhos, os livros de imagens, as narrativas curtas e os livros-brinquedo) como que rompem com os limites do livro, valendo-se do cruzamento de códigos vários para contar uma história e promover uma experiência de leitura lúdica às crianças. Nesse sentido, elas quebram os protocolos tradicionais e apontam para outras alternativas de interação entre textos e leitores. De certo modo, há uma recuperação da relação original do ser humano com a arte: novas linguagens que se aliam às palavras são feitas de cores e formas, luzes e sombras, movimentos e balões, alterando o conceito de livro infantil e restaurando a liberdade do contato prazeroso com o objeto estético. Talvez aí residam as razões de terem caído tão bem no gosto do público. (Vera Aguiar)
A ideia de escrever um livro que reunisse diversos gêneros textuais surgiu há muito tempo. No entanto, não bastava escrever capítulos que definissem esses gêneros. Nós privilegiávamos dois aspectos: que este livro fosse escrito por membros do grupo de pesquisa vinculado ao Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil (CELLIJ) e que esses artigos conseguissem estabelecer um diálogo entre o gênero textual e a prática em sala de aula.