• Deleuze e Guattari – pensar em veredas que se bifurcam

Creio que tenha sido François Zourabichvili (2005) quem tematizou do modo mais interessante esse apelo propriamente deleuzeano em exigir uma compreensão “ao pé da letra”, em mostrar, falar, perceber e pensar “literalmente”. Do mesmo modo, foi ele quem enfatizou a recusa igualmente deleuzeana (muitas vezes também guattariana) em qualificar seus conceitos como sendo da ordem da metáfora. O que está em jogo? Tentar escapar do dualismo que opõe sentido próprio e sentido figurado em nome de uma semiótica assignificante. E, com isso, experimentar a escrita, o pensamento, como sendo imediatamente uma práxis que produz um certo tipo de experiência ao privilegiar uma conexão com os próprios fluxos de experiências em suas dimensões genéticas, em sua “potência do eterno retorno do estado nascente”, como pensava Guattari (1992, p. 130), longe da conformação que as adequações significacionais (sempre uma operação de poder) imprimem ao que pode uma experiência. É o caso de afirmar, desse modo, que a questão gira em torno da criação de um tipo de experiência, de “intensidades ontológicas” (GUATTARI, 1992, p. 48), que frustram, de algum modo e sempre em um meio singular, o domínio dos valores dominantes. Vladimir Moreira Lima (IAP-UERJ)

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Autor Alex Fabiano Correia Jardim
Editora CRV
Idioma PORTUGUES
Encadernação BROCHURA
Páginas 352
Ano de edição 2022
Faixa etária

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Deleuze e Guattari – pensar em veredas que se bifurcam