• Entre a memória coletiva e a história de cola e tesoura

Em 2022 comemorou-se o bicentenário da independência política do Brasil. Por muito tempo, discutiu-se por que o Brasil não havia conseguido a independência econômica. Apesar das tentativas de fabricação de ferro no Brasil desde o fim do século XVI, a vinda da Família Real para o Brasil fez com que se fundassem fábricas de ferro com apoio do governo. Em 1810, fundou-se na região de Sorocaba a Fábrica de Ferro de Ipanema, porque se acreditava que a jazida de ferro ali existente seria uma das maiores riquezas do mundo, e, caso fosse explorada, poderia mudar a história do Brasil. Porém, criou-se uma memória coletiva de que a fábrica seria um sucesso, se não houvesse intrigas entre o primeiro diretor, Carl Gustav Hedberg, e o seu substituto, Frederico Luiz Guilherme Varnhagen. Procurou-se elucidar os reais motivos que não permitiram o sucesso do estabelecimento, mediante a comparação da documentação da fábrica com as narrativas elaboradas por importantes personagens da história do Brasil, entre os quais Pedro Taques, Martim Francisco, José Bonifácio, Spix e Martius, St. Hilaire, Eschewge, Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, Felício dos Santos e Calórgeras, que participaram das atividades da Fábrica de Ferro de Ipanema ou sobre ela escreveram. Demonstrou-se que essa memória coletiva sobre Ipanema foi construída a partir da metodologia da história de cola e tesoura, criticada pelo historiador inglês R.G. Collingwood, em que um copia o relato do antecessor para construir sua versão dos fatos.

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Autor Filho Tomasevicius
Editora Scortecci Editora
Idioma PORTUGUES
Encadernação BROCHURA
Páginas 348
Ano de edição 2022
Faixa etária

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Entre a memória coletiva e a história de cola e tesoura