Prefácio Se a Universidade de Coimbra tem razão em se orgulhar da acção desenvolvida, desde 1985, em prol dos seus estudantes com deficiência, não é menos legítima a sua satisfação perante o presente trabalho, também ele precursor, nascido do esforço de toda a equipa do Gabinete de Apoio Técnico-Pedagógico a Estudantes com Deficiência, conduzida com coragem e inteligência por Maria Isabel Simões Patrício. Este estudo apresenta um triplo interesse que importa, antes de mais, realçar. O interesse sociológico surge de imediato: se a Universidade é uma sociedade dentro da sociedade, ela constitui um objecto de análise que releva de uma metodologia idêntica. Os cidadãos portadores de deficiência representam uma categoria própria entre todas as que compõem a população da nossa instituição: se quisermos conhecer a Universidade e se a Universidade quiser conhecer-se, na totalidade dos seus membros, os quadros, as curvas estatísticas e as análises aqui fornecidas dão uma imagem objectiva da importância da frequência das diversas faculdades por aqueles que, pelas suas dificuldades físicas, parecem afastados das vias normais de acesso ao saber e à formação. O interesse psicopedagógico é também evidente. Os estudantes com deficiência podem ser considerados como a pedra de toque do nosso sistema. Se são, ao mesmo nível que os colegas, avaliados no seu desempenho escolar, também eles avaliam e permitem avaliar, com particular pertinência, o sistema em que se inserem: pondo à prova a sua capacidade de acolhimento e de adaptação, obrigam-no a evoluir, a aperfeiçoar-se e, por assim dizer, a humanizar-se cada vez mais. Todo o professor sabe, por experiência, que a presença na sua aula de um aluno com deficiência o levará a ser melhor professor. Talvez seja também por isso que verificamos, sem surpresa, que a taxa de insucesso destes estudantes não é mais elevada do que a dos seus colegas. O terceiro interesse é de ordem ética. Os autores deste estudo dedicam-lhe os últimos pontos das suas judiciosas «conclusões». Conhecemos tudo o que os deficientes, os doentes, os enfermos trouxeram, na história da cultura, à arte e à ciência: os nomes de Milton, de Beethoven e hoje de Stephen Hawking são paradigmáticos. Mas avaliaremos na sua justa medida tudo o que podem comunicar ao corpo vivo â?? vivo porque leito de pessoas â?? que é uma Universidade? Aos estudantes desencorajados ou desmotivados, aos docentes fatigados e deprimidos, a todos e a cada um transmitem, com o seu exemplo, o que Bergson, também ele paralisado, designava «o apelo do herói», essa energia moral, essa vontade de ir além que nos fax triunfar dos obstáculos e do desespero. Mais do que um inquérito, mais do que um relatório, este livro sobre os «percursos académico e profissional dos estudantes com deficiência na Universidade de Coimbra», na clareza dos dados, na sobriedade dos comentários, é um guia para a vida. Cristina Robalo Cordeiro Vice-Reitora da Universidade de Coimbra Índice Parte I Resultados Globais e Análise 1. Distribuição da População por Categorias de Deficiência 2. Evolução do Número de Estudantes 3. Algumas Características da população 4.Percurso Académico 5. Percurso Profissional Parte II Discussão dos Resultados e Conclusões 1. Discussão dos Resultados e Análise 2. Conclusões

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Autor VARIOS
Editora ALMEDINA
Idioma PORTUGUES
Encadernação BROCHURA
Páginas 96
Ano de edição 2004
Faixa etária

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Percursos Academico E Profissional Do Estudante Com Deficiencia Na Universidade De Coimbra (1989 2003)

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