• Doce mal permanente

Em "Doce mal permanente", a violência inicial de algumas imagens nos alerta para uma condição incontornável: nós, estes que aqui estamos sob o céu, somos feitos de carne, temos um corpo e, com sorte, um coração. Daí, somos lançados à dúvida: nessa condição precária, o que fazer? A poesia de Leonardo Marona ensaia respostas, jamais exatas, para lidar com o peso dessa matéria informe a que chamamos vida: a amizade, a infância, a compaixão, a vontade de ainda acreditar, o amor, a experimentação, a poesia.

“O que é uma criança além de uma junção inesperada de pedaços que já existiam antes com pedaços que não se sabe de onde vieram? Dizem que uma mãe sabe sempre o que uma criança quer dizer quando está aprendendo a falar. Eu, às vezes, não sei o que a minha criança diz e, às vezes, sei o que ela diz por telepatia, sem palavras. Em Doce mal, criança é solta, suor, magra, muito séria, jesuíta, pobrezinha, vermelha, menor, órfã, esfomeada. A maior devoção deste livro vai às crianças antes das palavras. Forças sobrenaturais, furacões, supernovas. As crianças do livro de Marona são tão anti-César quanto a sua poesia. São tão anti-César que não gritam apenas o rei está nu, gritam o rei está nu e fede a gente limpa!” (Julia Raiz)

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Autor Marona Leonardo
Editora Telaranha Edições
Idioma PORTUGUES
Encadernação BROCHURA
Páginas 96
Ano de edição 2023

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Doce mal permanente