Cláudia Tavares fez de novo. Cláudia volta a atacar. A Cláudia não perdoa. Não deixa por menos. Numa época em que tudo é totalmente irrelevante e descartável, em que os textos fluem como gotas de esgoto pelos canos das internets da vida, e que tudo é datado e, desde quando é escrito, já está com o prazo de validade vencido, Cláudia retorna, em 2018, com seu romance inclassificável, publicado em 1983. Trinta e cinco anos depois, e cada vez mais atual e valoroso, valente, valioso: A volta da gata. Essa é a marca de um escritor de verdade, aqui ou em qualquer lugar, na época em que quiser pousar: a escrita que vale é a que ousa a criação e o pensaento, e sempre nos encanta e descentra, desconcerta, como Cláudia é mestra em fazer, de novo agora, na segunda edição de seu livro de estreia: A volta da Cláudia é a permanência de uma grande escritora no mundo. Luis Carlos de Morais Junior