Ele veio ao mundo para topar qualquer parada. Erasmo Carlos não só venceu os muitos desafios que o destino colocou no seu caminho, como se tornou um dos primeiros popstars brasileiros. Não só um ícone da MPB, Erasmo é também, como diz a letra de "Amigo", uma pessoa doce, engraçada e generosa. Um artista deliciosamente humano que, através de suas memórias, conta as dificuldades e alegrias da juventude marcada pelo fenômeno da Jovem Guarda e da fama tão inesperada como explosiva. Desde a infância humilde num casarão tijucano até o preconceito da Zona Sul carioca, Erasmo soube superar todas as limitações que encontrou pelo caminho. Foi estoquista de loja de sutiã e carregador de tijolos refratários, mas sempre esteve convencido de que seu destino era trabalhar com música. O talento como compositor e a amizade de importantes nomes do show-bizz, como o "padrinho" Carlos Imperial, trariam como recompensa algum dinheiro e reconhecimento. Mas o pontapé inicial surgiria da união de coisas mais prosaicas: biscoitos Aymoré, LPs de Elvis Presley e um velho violão. Por dois anos e meio Erasmo reuniu essas e outras passagens que costurariam os detalhes de sua vida e sua carreira e que se encontram em Minha Fama de Mau, agora em versão de bolso.