Será correto afirmar que a música modifica a personalidade ou o Q.I. (quociente intelectual) de uma criança, ou, em outras palavras, que ela possa transformar toda uma civilização? É preciso perceber que, desde há menos de duas gerações, e graças aos meios de difusão modernos, a música invade a vida cotidiana do homem, desde a mais tenra infância e em todos os níveis da sociedade. Segundo as neurociências, o pensamento de certos jovens já sofreu uma mutação por conta do desenvolvimento e da vulgarização do audiovisual: ele se desenvolve como o roteiro de um filme de televisão, plano por plano, cena por cena; ele se faz por meio de imagens como no homem primitivo, e tudo isso malgrado a escolarização obrigatória. O que ocorreu com a sensibilidade das pessoas durante essa regressão intelectual, essa substituição da civilização do escrito pela civilização da imagem e do ritmo? Para compreender e explicar a ação da música sobre o homem, voltei a estudar as neurociências e tentar fazer uma síntese das descobertas feitas nos últimos trinta anos, levando em conta certas obras realizadas em ciências humanas. Depois, ao aprofundar meus conhecimentos em musicoterapia, dei-me conta da urgência da situação: milhares ou talvez mesmo milhões de crianças correm o risco de comprometer definitivamente seu futuro por causa de uma ''audição forçada'' da ''poluição sonora''.
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Autor |
Nghiem Dung |
Editora |
Vide Editorial |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
208 |
Ano de edição |
2019 |
Faixa etária |
Padrao |