Este livro busca dar uma contribuição positiva à psicologia, por meio do estudo das viagens imaginárias mais evasivas. O autor sublinha o caráter dinâmico do exagero imaginário, sem o qual ele considera que a vida não pode se desenvolver. Para ele, para que haja imaginação, é necessário que uma imagem suscite outras diferentes. Caso contrário, há apenas percepção, lembrança, memória familiar, hábito das cores e formas.
"Poderíamos ligar nossas conclusões e colocar o problema da libertação no próprio plano da imagem literária. Como efeito, na linguagem ativa da literatura, o psiquismo quer reunir, como em todas as suas funções, a mudança e a segurança. Organiza hábitos de conhecimento - conceitos - que irão auxiliá-lo a aprisiona-lo. Isto em beneficio da segurança, a triste segurança. Mas ele renova suas imagens, e é pela imagem que se produz a mudança. Se examinarmos o ato pelo qual a imagem deforma e extrapola o conceito, sentiremos em ação uma revolução de duas flechas. De fato, a imagem literária que acaba de formar-se se adapta à linguagem antecedente, inscreve-se como um cristal novo no solo da língua, mas antes, no instante de sua formação, a imagem literária satisfez as necessidades de expansão, de exuberância, de expressão. E os dois devires estão ligados, pois parece que, para exprimir o inefável, o evasivo, o aéreo, todo escritor tem necessidade de desenvolver temas que têm o peso das certezas íntimas".
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L019-9788533613850 |
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Autor |
Bachelard Gaston |
Editora |
Martins Fontes - selo Martins |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
288 |
Ano de edição |
2001 |