O estilo, a beleza, a mobilização do gosto e das sensibilidades impõem-se a cada dia que passa como imperativos estratégicos das marcas: o capitalismo do hiperconsumo é um modo de produção estética. As indústrias de consumo, o design, a moda, a publicidade, a decoração, o cinema criam, de forma massificada, produtos plenos de sedução, tentando assim veicular afectos e sensibilidade, num universo estético heterogéneo que vai proliferando. E o real vai-se construindo como uma imagem com dimensão estética, que se tornou cada vez mais importante na concorrência entre as marcas globais.
É isto o capitalismo artístico, que se caracteriza pelo peso crescente das experiências e sensações, por um trabalho sistemático de estilização dos bens e dos locais comerciais, pela integração generalizada da arte, do visual e do afecto na esfera do consumo. Ao criar uma paisagem económica caótica a nível mundial estilizando o universo do quotidiano, "o capitalismo é menos um ogre que devora os seus próprios filhos do que um Jano de duas faces".
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Autor | Serroy Jean |
Editora | Edições 70 |
Idioma | PORTUGUES |
Encadernação | BROCHURA |
Páginas | 490 |
Ano de edição | 2014 |
O capitalismo estético na era da globalização
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