Jeremy Bentham, filósofo utilitarista inglês do século XVIII, descreve, em O Panóptico, o projeto de uma construção carcerária que se fundamentaria no “princípio da inspeção”, segundo o qual o bom comportamento dos presos seria garantido se eles se sentissem continuamente observados. Para isso, Bentham previa a construção de dois edifícios circulares concêntricos: no edifício exterior ficariam as celas dos presos, construídas de forma a estarem constantemente abertas à vigilância de inspetores situados na torre central, localizada no círculo interior.
O Panóptico tornou-se, desde a análise que dele fez Foucault em Vigiar e punir, o paradigma dos sistemas sociais de controle e vigilância total. E ele não perdeu sua atualidade; ainda que apenas como metáfora, seu princípio continua plenamente ativo. As implicações do panóptico e as formas de controle social contidas nas novas tecnologias (internet, circuitos de vigilância, câmeras escondidas, celulares) renovam o interesse pelo tema do panopticismo. Daí a importância deste livro, que traz, além das cartas que constituem o principal texto de Jeremy Bentham sobre o projeto, três ensaios fundamentais: “A máquina panóptica de Jeremy Bentham”, de Jacques-Alain Miller; “O inspetor Bentham”, de Michelle Perrot; e “Potemkim e o Panóptico: Samuel Bentham e a arquitetura do absolutismo na Rússia do século XVIII”, de Simon Werrett.
Código: |
L003-9788551304921 |
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Autor |
Jeremy Bentham |
Editora |
Autêntica |
Idioma |
PORTUGUES |
Encadernação |
BROCHURA |
Páginas |
208 |
Ano de edição |
2019 |