Raul estava mesmo intrigado com aquelas manchas azuis que se espalhavam pelo seu corpo. Ora elas apareciam nos seus braços e ele não conseguia que elas sumissem, mesmo lavando com xampu, álcool e até detergente. Ora - que susto! - estavam em seu pescoço, nas pernas, na língua e até dentro da garganta! O que estaria acontecendo? O menino analisava aquelas estranhas manchas, que ninguém parecia ver. Seria alguma doença muito contagiosa? De tanto pensar, Raul deduziu que eram manchas de ferrugem... Ele, Raul, tinha ferrugem azul! O mistério tinha que ter uma explicação. Em busca das respostas, o menino descobre que a dificuldade de reagir às pequenas - e grandes - violências do cotidiano marcam nosso espírito e nosso corpo.