O Cão de Guarda é uma história que aborda o polêmico tema da "licantropia", termo que nos remete às lendas populares do lobisomem, ou seja, da transformação do homem em lobo. Olavo Bilac já se referia a este fenômeno em sua obra "Conferências Literárias".
No plano espiritual existem muitos fenômenos de licantropia em virtude das fragilidades das mentes enfermiças mergulhadas no arrependimento por erros cometidos em experiências físicas. Porém, o fenômeno não se restringe apenas à transformação de corpos perispirituais em características próprias de lobos, expandem-se a muitos outros animais, segundo os sentimentos de culpa que espíritos sofredores nutrem intimamente, desprovidos do bálsamo do perdão a si próprios e da esperança no infinito Amor de Deus.
O Cão de Guarda pretende passar uma mensagem de confiança nas leis justas e sábias do Criador que leva em consideração as fragilidades de Suas criaturas, concedendo-lhes perdão, oferecendo-lhes oportunidades para ressarcirem seus débitos e reerguerem-se dos meandros infernais de seus próprios erros.