A doutrina espírita, com a amplitude de conhecimentos novos que nos descortina, é muito útil ferramenta a nos auxiliar na solução de problemas das mais diversas ordens. Posta à margem da ciência oficial, por puro preconceito, essa atitude abriu grandes lacunas no conhecimento dito científico pela impossibilidade de se entender o universo e as leis que o regem, ignorando um aspecto tão importante quanto o espiritual. A psicologia, por pretender tratar eminentemente dos problemas do espírito, ao alijar a explicação espírita de suas teorias, viu-se mutilada de forma irreversível e tenta, há mais de um século, sem o conseguir, dar uma resposta satisfatória sobre o conhecimento da mente humana. Por este motivo, questões hoje já muito bem compreendidas pela doutrina espírita, experimentadas e estudadas dentro dos mais rígidos padrões científicos, ainda encontram na chamada ciência oficial explicações estapafúrdias e desencontradas. Uma dessas questões é exatamente a da natureza dos sonhos. Tentar compreender o significado dos sonhos sem levar em conta a realidade do espírito, o seu afastamento do corpo durante os momentos do sono, as atividades que realiza, nesse período, no mundo espiritual ou mesmo junto ao nosso mundo físico, as relações que desenvolve com outros espíritos, sejam também encarnados em desdobramento ou desencarnados, e as dificuldades do cérebro físico em registrar os eventos de uma dimensão da qual ele nada apreende através dos sentidos físicos comuns é meta impossível de se alcançar. Por este motivo, esse trabalho de certa forma singelo de L. Palhano Jr. consegue com relativa facilidade atingir seus objetivos, o que gênios da qualidade de Freud, Jung e seus seguidores tentaram à exaustão, mas ficaram muito aquém da meta objetivada. Faltava-lhes a chave que o preconceito acadêmico vem sistematicamente negando aos seus estudiosos: o conhecimento da realidade espiritual.