• Tarso de Melo

Este ensaio tem como seu maior objetivo tentar abordar, através de um voo panorâmico sobre toda a obra de Tarso de Melo, as zonas de força de sua cosmovisão poética. Esta obra foi produzida em quase vinte anos de caminhada, mais especificamente entre a publicação de seu primeiro livro, A lapso, de 1999, e o último, o seu oitavo, Dois mil e quatrocentos quilômetros, aqui, de 2018.

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Assim, buscaremos enfocar em detalhes o que chamamos de perspectiva ontológica, por um lado, e de abordagem social, por outro. Embora, como apreciaremos através de certos poemas, estas duas instâncias da cosmovisão tarsiana possam se casar, na maior parte das vezes aparecem como algo distinto. Neste sentido, o poeta ou traz mais para a poesia a questão filosófica acerca do ser e da sua existência contingente, relacionando-o com o nada, com o vazio, etc., ou, por outro lado, se mostra o intérprete da sociedade, dando uma tonalidade de cunho sócio-histórico-político à forma de se exprimir. Importante é considerar que além desta cosmovisão, buscaremos abordar aspectos relacionados também à própria estrutura dos poemas, que nos possibilitam igualmente apreender e aprender o que saber sobre eles.

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Veremos assim, que neste trabalho sobre uma poesia que caminha com constâncias e inconstâncias, com passos seguros e errâncias, com determinantes e variações, a crítica pode postular hipóteses sofisticadas sobre algo que por sua própria natureza é muito sofisticado: a elevada e densa poesia. E já de antemão, sem receios ou medo de apriorismos, consideramos a poesia de Tarso de Melo como tal.

(Fragmentos da “Introdução” do livro).



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Autor Neto Duarte
Editora Kotter Editorial
Idioma PORTUGUES
Encadernação BROCHURA
Páginas 152
Ano de edição 2021
Faixa etária

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