"A tensão é constante. da primeira à última linha. costurada em rajadas curtas. que vão e voltam em mergulhos cada vez mais profundos num poço que parece não ter fim. Lê-se de um fôlego. Acaba-se sem fôlego. "Franklin Martins. trecho do prefácio
Uma viagem que nos leva ao mundo de Carlos Marighella. Joaquim Câmara Ferreira. o Toledo. e Carlos Lamarca. na guerrilha urbana contra a ditadura militar no final dos anos 60 e início dos anos 70. Clemente. nome de guerra de Carlos Eugênio. é o nosso guia nessa viagem. Ele entrou na luta com 17 anos. como tantos outros conheceu a rebeldia. revoltou-se contra a miséria e a repressão policial. fez opção por um dos lados. exigência da época. amou. guerreou. fugiu. matou... e não morreu. No exílio. as dores da sobrevivência são anestesiadas em suas fugas com as drogas. que não libertam. mas permitem o escape. Um processo psicoterápico ensina-o a conviver com as marcas. atenua as culpas e o restitui à vida. Um livro carregado de adrenalina. mas sem amargura. Nas palavras de Franklin Martins: "convém afivelar o cinto de segurança".